sexta-feira, 14 de março de 2014

Li o livro o vendedor de sonhos

Por algum momento já se pegou pensando que a sua vida poderia ser melhor? Que tudo que você fez não lhe trouxe felicidade? Ou apenas sente uma tristeza sem fim e não sabe de onde vem? “O Vendedor de Sonhos” é um livro que mergulha em nossos medos e anseios. A história começa com um homem tentando se jogar de um prédio, o Edifício San Pablo, e causando uma grande confusão. As pessoas começam a se aglomerar em frente ao prédio e as autoridades sobem até o topo para tentar convencer o suicida de não se jogar. Policiais, psiquiatra e bombeiros estão todos ao lado do homem tentando uma aproximação, mas nada funciona. Até que um maltrapilho aparece e começa a puxar assunto com o suicida. E não é que o baixinho de roupas velhas e sujas, que ninguém conhece, consegue salvar o homem que já se via morto. É desta forma que o vendedor de sonhos é apresentado aos leitores. Ele salva a vida de Júlio César, um intelectual e professor de universidade que, após o ocorrido, passa a seguir quem lhe resgatou da escuridão. Mas ele não sabe nada sobre este misterioso homem, nem ao menos sabe o seu nome, apenas tem dúvidas e mais dúvidas. ((o que mais achei interessante foi a forma inteligente como o vendedor de sonhos argumenta e conversa com as pessoas). Entendi que quem determina a maciez da cama é o nível de ansiedade da nossa mente. Só dorme bem quem aprende primeiramente a repousar dentro de si. (página 75) Ao longo do caminho percorrido com o homem misterioso, novas pessoas começaram a segui-lo formando um grupo de vendedores de sonhos. A missão do grupo é mostrar uma ótica de vida diferente para as pessoas, ajudá-las a serem mais felizes e menos doentes e estressadas, a valorizar mais a vida e o que está ao nosso redor. Resumidamente falando, é uma luta contra o modo de vida do capitalismo vigente: consumismo exagerado, a busca pela perfeição, concorrência selvagem, perda de valores, preconceito, vícios e por aí vai. Não tema a difamação exterior. Tema seus próprios pensamentos, pois somente eles podem penetrar em sua essência e destruí-la. Alguém pode rasgar-lhe a pele sem que você permita, mas jamais poderá invadir sua mente se você não permitir. (página 89) É um livro que me fez pensar muito sobre a minha vida e o modo como o mundo está se desenvolvendo. Tem partes engraçadas e tristes, mas o mais importante é que a história consegue gerar reflexão. Em certos momentos, senti que era um pouco de pretensão do autor dizer como devemos viver as nossas vidas, mas, sendo ou não, nada do que ele diz é uma mentira. Sou apenas um caminhante Que perdeu o medo de se perder Estou seguro de que sou imperfeito Podem me chamar de louco Podem zombar das minhas idéias Não importa! O que importa é que sou um caminhante Que vende sonhos para os passantes Não tenho bússola nem agenda Não tenho nada, mas tenho tudo Sou apenas um caminhante À procura de mim mesmo.

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